Com o avanço da pandemia, o cenário se mostrava desafiador. Mas a mudança de comportamento do consumidor brasileiro, ao longo do ano passado, fez a venda de móveis alcançar 11,9% de crescimento. Foi o segmento que mais avançou em volume de vendas em 2020 no país, em relação ao ano anterior, conforme Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE.
Esse desempenho foi favorável à indústria de Santa Catarina, que registrou uma elevação de 2,4% na produção industrial de móveis. O resultado no Estado foi muito superior ao alcançado pelo setor como um todo no Brasil, que não conseguiu recuperar as perdas dos primeiros meses e fechou o ano com um recuo de 3,8%. Na indústria de forma geral, no país, a queda foi ainda maior e chegou a 4,5%, segundo levantamento do IBGE.
O comércio sentiu o aumento da demanda por móveis a partir do mês de junho, quando as vendas passaram a crescer de forma constante até dezembro. No varejo catarinense, a alta foi de 6,9%. O estado de São Paulo, por sua vez, para onde é destinada grande parte da produção de móveis do polo moveleiro local, o crescimento foi de impressionantes 21,4%.
Com o varejo aquecido, as indústrias moveleiras passaram a trabalhar em plena capacidade. O ritmo de produção trouxe inclusive novos desafios a serem superados, como dificuldade na contratação de mão de obra e escassez e consequente alta de preços de matérias-primas.
Para o presidente do Sindusmobil – Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de São Bento do Sul e também da Móvel Brasil 2022, os reflexos das mudanças impostas pela pandemia, como isolamento social e realização de atividades em home office, incentivaram as famílias a investir em seus lares. “As pessoas passaram a renovar o mobiliário e atualizar a decoração para melhor conforto e bem-estar em suas casas. Como fabricantes, vimos a produção aumentar nos últimos meses para atender à crescente demanda do mercado”, avalia Fernando Hilgenstieler.
Dias 19 a 21 de março
Terça a quinta-feira: 10h às 19h
Dia 22 de março
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